DOENÇA DE PEYRONIE: DEIXA O PENIS TORTO PODE SER PARA LADO DIREITO OU PARA LADO ESQUERDO OU PARA CIMA !!!

A principal característica da doença de Peyronie é o desenvolvimento de uma placa fibrótica ou de um nódulo que se instalam na túnica albugínea — estrutura que envolve os corpos cavernosos –, comprometem sua elasticidade e impedem que eles se expandam normalmente, o que dificulta a ereção, pois esses distúrbios provocam distorções na forma e inclinação do pênis.

A doença de Peyronie se manifesta, em geral, depois dos 50 anos, mas eventualmente acomete homens jovens. Alguns meninos podem apresentar uma alteração da curvatura peniana chamada pênis curvo congênito, provocada pela desproporção entre o tamanho maior dos corpos cavernosos e menor da uretra, mas que só requer tratamento se prejudicar o desempenho sexual no futuro.

Causas

Não estão bem definidas as causas da doença, mas pequenos traumatismos ocorridos durante a relação sexual podem resultar em cicatrizes que interferem na ereção.

Estudos estão mostrando que existe uma associação dessa enfermidade com doenças reumatológicas, diabetes e uso de betabloqueadores para controlar a hipertensão arterial.

Embora não se possa dizer que seja uma doença de caráter hereditário, parece que a incidência é maior em homens da mesma família.

Sintomas

Presença de nódulo, palpável ou não, associado à dor e à curvatura do pênis durante a ereção. Essa curvatura faz com que ele se posicione para baixo, para cima ou para o lado.

Muitos pacientes ficam tão abalados, quando os sintomas se instalam, que perdem a capacidade erétil por causa da ansiedade.

Diagnóstico

O diagnóstico é basicamente clínico e, quanto antes seja feito, melhor para o resultado do tratamento. Raramente se faz necessário recorrer ao exame de ressonância magnética para visualizar a placa fibrótica e estabelecer o diagnóstico.

Tratamento

Em 20% dos casos, as placas desaparecem espontaneamente, sem tratamento algum, em um ano e meio, dois anos. Quando o problema persiste, alguns medicamentos que agem no metabolismo das células produtoras da fibrose apresentam bons resultados.

Esgotadas essas possibilidades, só depois de dois anos de evolução da doença e apenas quando a alteração prejudica a atividade sexual, o que ocorre em menos da metade dos casos, o paciente é encaminhado para cirurgia. A anestesia é geral ou de bloqueio peridural ou raquidiano.

Existem duas técnicas cirúrgicas que podem ser usadas para corrigir a curvatura do pênis. A primeira tenta compensar o desvio, fazendo uma prega no corpo cavernoso do lado oposto àquele em que se situa a placa. O inconveniente dessa técnica é interferir no tamanho do pênis, que fica menor. A outra consiste em fazer uma incisão em forma de H para liberar na placa. Em seguida, coloca-se um enxerto (um fragmento da veia safena ou de pericárdio bovino) no local da lesão. Em 90% dos casos os resultados são satisfatórios: retifica-se o pênis sem comprometer a capacidade de ereção.

Recomendações

* Não se aflija com a presença de uma placa ou um nódulo característicos da doença de Peyronie, se eles não interferem na atividade sexual. Nesses casos, não há sequer necessidade de tratamento clínico ou cirúrgico;

* Procure manter a calma e controlar a ansiedade. Esta, sim, pode ser responsável pela perda da capacidade erétil;

* Lembre-se de que o uso de aparelhos para aumentar o tamanho do pênis agrava o trauma responsável pela formação da placa e piora o quadro;

* Saiba que a doença de Peyronie é benigna e, mesmo sem tratamento, não representa nenhum risco para a saúde de seus portadores.

An open review of Many Labs 3: Much to learn

Good afternoon friend, what is your country of origin:

The Hardest Science

A pre-publication manuscript for the Many Labs 3 project has been released. The project, with 64 authors and supported by the Center for Open Science, ran replications of 10 previously-published effects on diverse topics. The research was conducted in 20 different university subject pools plus an Mturk comparison sample, with very high statistical power (over 3,000 subjects total). The project was pre-registered, and wherever possible the replicators worked with original authors or other experts to make the replications faithful to the originals. Big kudos to the project coordinating team and all the researchers who participated in this important work, as well as all the original authors who worked with the replicators.

A major goal was to examine whether time of semester moderates effect sizes, testing the common intuition among researchers that subjects are “worse” (less attentive) at the end of the term. But really, there is much more to it than that:

Not much…

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VOCÊ SE LEMBRA DESSE EX PRESIDENTE FHC QUE CHAMOU APOSENTADO DE VAGABUNDO !!!

PSDB diz que é escândalo emprestar a Cuba. Esqueceram de perguntar por que FHC emprestou

29 de janeiro de 2014 | 18:09 Autor: Fernando Brito

fhcfidelchavez

O PSDB não dá para ser levado a sério.

Perdeu completamente qualquer compostura e racionalidade na hora de criticar o governo Dilma.

Só não é exposto ao ridículo porque a mídia brasileira também é ridícula e simplesmente repete o que as “notas oficiais”aecistas publicam no site do partido.

Depois do “mico aéreo” e do “mico da conta do restaurante”, agora o PSDB parte para o “mico cubano”, publicando – com farta reprodução nos jornais – um comunicado em que critica os empréstimos do BNDES às obras do porto de Mariel, em cuba e diz que  os “recursos que vão para a ilha da ditadura castrista – e também para a Venezuela chavista e para outros países, notadamente os ideologicamente alinhados – são os mesmos que faltam para obras estruturantes no Brasil, em especial as de mobilidade urbana nas nossas metrópoles.”

Ontem eu tratei a sério disso, aqui, mostrando que o dinheiro é emprestado – tem sido pago em dia – para aquisições de mercadorias e serviços no Brasil.

Mas tem limite a cara de pau.

Qualquer dia eu vou começar a imprimir e guardar as notícias das coisas que o governo tucano fazia e a posição “indignada” do PSDB sobre as mesmas coisas no governo petista.

E esta é uma delas.

Fernando Henrique diretamente e o BNDES, sob seu comando fizeram empréstimos a Cuba, aliás muito corretamente.

Aqui está o memorando de entendimento entre Brasil e Cuba para financiar a compra de alimentos com recursos orçamentários – reparem, orçamentários, diretamente da União – através do Proex (leia-se Banco do Brasil) em US$ 15 milhões,  firmado em 1998.

Mas foi comida, aí era humantário? E o que dizem do financiamento a ônibus de turismo para a ilha de Fidel, como está consignado norelatório de atividades do BNDES do ano de 2000?

“(…)o apoio do BNDES a exportações de ônibus de turismo e urbanos para Cuba somou cerca de US$ 28 milhões. Cabe destacar o financiamento concedido para a aquisição de 125 ônibus Busscar com mecânica Volvo, utilizados na dinamização da atividade turística desse país, no valor total de US$ 15 milhões”

Mas teve também para a “Venezuela chavista” de que fala a nota do PSDB:

“Projeto da Linha IV do Metrô de Caracas (Construtora Norberto Odebrecht S.A.) – Construção do primeiro trecho, com extensão de 5,5 km. O investimento total do projeto soma US$ 183 milhões, sendo o financiamento do BNDES de US$ 107,5 milhões, correspondentes a 100% das exportações brasileiras de bens e serviços e ao seguro de crédito às exportações.”

Uai, igualzinho ao Porto de Mariel? E com a mesma empreiteira, a Odebrecht?

É verdade que os tucanos fazem uma ressalva: “Fosse o Brasil um país que esbanjasse dinheiro e com questões de infraestrutura e logística resolvidas, poderia até ser compreensível.”

Fico imaginando a cara de Aécio Neves diante de algum repórter que lhe perguntasse se no governo FHC podia-se emprestar dinheiro à Cuba e à Venezuela porque não existiam problemas de logística e infra-estrutura no Brasil dos tucanos.

PS. Aos que, pateticamente, ficam contando os dedos de FHC para sugerir que a foto é montagem, outra, para ficarem cheios de dedos…

NEO LIBERALÍSMO SOFOCA O POBRE E AUMENTA A FORTUNA DOS RICOS, NÃO VOTE EM QUEM DEFENDE O NEO LIBERALÍSMO !!

Neoliberalismo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Neoliberalismo é o ressurgimento de ideias associadas ao liberalismo económico laissez-faire que teve início nas décadas de 1970 e 1980.1 2 3 Os seus apoiantes defendem uma extensa liberalização económica, livre comércio e a redução da despesa pública como forma de reforçar o papel dosetor privado na economia.4 5 6

O uso e definição do termo têm-se alterado ao longo do tempo.6 Originalmente, o neoliberalismo foi uma ideologia económica que emergiu entre académicos liberais europeus na década de 1930 e que tentava definir uma denominada “terceira via” entre as filosofias em conflito do liberalismo clássico e da economia planificada coletivista.7 Este desenvolvimento deveu-se ao desejo em evitar a repetição dos falhanços económicos do início da década de 1930, cuja causa era atribuída principalmente à política económica do liberalismo clássico. Nas décadas posteriores, a teoria neoliberal tendeu a divergir da doutrina mais laissez-faire do liberalismo clássico, promovendo em vez disso uma economia de mercado sob a orientação e regras de um estado forte, um modelo que viria a ser denominado economia social de mercado.

Na década de 1960, o uso do termo “neoliberal” entrou em acentuado declínio. O termo foi novamente reintroduzido na década de 1980, associado às “reformas económicas neoliberais” de Augusto Pinochet no Chile, o seu significado tinha-se alterado. Não só se tinha tornado num termo com conotações negativas e usado principalmente pelos críticos da reforma dos mercados, mas tinha também mudado de significado, de uma forma moderada de liberalismo para um conjunto de ideias de capitalismo mais radical e laissez-faire. Os académicos contemporâneos tendem agora a associar o termo às teorias dos economistas Friedrich Hayek e Milton Friedman.6 Uma vez estabelecido o uso do novo significado entre académicos de língua espanhola, o termo difundiu-se entre os estudo de política económica em língua inglesa,6 descrevendo o conjunto de ideias associadas com as políticas económicas introduzidas por Margaret Thatcher no Reino Unido e Ronald Reagan nos Estados Unidos.1

Hoje em dia o termo “neoliberalismo” é usado principalmente de forma pejorativa enquanto crítica às políticas de liberalização económica, como as privatizações, mercado aberto edesregulamentação.6 A transição de um modelo de consenso social para as políticas neoliberais, e a aceitação das teorias neoliberais na década de 1970, é vista por alguns académicos como a origem da financialização que levou à crise financeira de 2008.8 9 10 11 12

Etimologia[editar | editar código-fonte]

O neoliberalismo é um nome que foi usado em duas épocas diferentes com dois significados semelhantes, porém distintos:

  • na primeira metade do século XX, significou a doutrina proposta por economistas franceses, alemães e norte-americanos voltada para a adaptação dos princípios do liberalismo clássicoàs exigências de um Estado regulador e assistencialista;
  • a partir da década de 1960, passou a significar a doutrina econômica que defende a absoluta liberdade de mercado e uma restrição à intervenção estatal sobre a economia, só devendo esta ocorrer em setores imprescindíveis e ainda assim num grau mínimo (minarquia). É nesse segundo sentido que o termo é mais usado atualmente.13 No entanto, autores da filosofia econômica14 e comentaristas de economia15 que se alinham com as postulações liberais rejeitam a alcunha “neoliberal”, preferindo adotar o termo liberal. Nesse sentido, pode-se afirmar que a denominação neoliberalismo é mais uma denominação elaborada pelos críticos dos pressupostos do liberalismo que uma reivindicação terminológica por parte dos precursores de sua doutrina.
  • a partir da década de 1930 o ordoliberalismo tornou-se a variante alemã do neoliberalismo.

Segundo Moraes o neoliberalismo é:

  • uma corrente de pensamento e uma ideologia, isto é, uma forma de ver e julgar o mundo social;
  • um movimento intelectual organizado, que realiza reuniões, conferências e congressos, edita publicações, cria think tanks, isto é centros de geração de ideias e programas, de difusão e promoção de eventos;
  • um conjunto de políticas adotadas pelos governos neoconservadores, sobretudo a partir da segunda metade dos anos 1970, e propagadas pelo mundo a partir das organizações multilaterais criadas pelo acordo de Bretton Woods (1945), isto é, o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI).16

O termo neoliberalismo, para os liberais, possui uma conotação pejorativa e recobre análises de escolas muito diferentes. Sua utilização para designar este conjunto de análises não faz assim consenso. Ele é usualmente utilizado pelas correntes críticas ao liberalismo contemporâneo, mas a maioria dos analistas designados por este termo não se reconhece como tal.

História[editar | editar código-fonte]

Origem e a Escola Austríaca[editar | editar código-fonte]

A denominação ‘neoliberal’ assemelha-se ao termo ‘neoclássico‘ na História da Arte. Quando se afirma a existência de governos “neoliberais”, a utilização do prefixo ‘neo’ não se refere a uma nova corrente do Liberalismo, mas à aplicação de alguns dos preceitos liberais consagrados e em um certo contexto histórico (qual seja, o contemporâneo) diverso daquele no qual foram formulados (no início do século XVII, na Inglaterra, através de John Locke).

As origens do que hoje se chama neoliberalismo nos remetem à Escola Austríaca, nos finais do século XIX, com o Prêmio de Ciências Econômicas Friedrich von Hayek,17 considerado o propositor da sua base filosófica e econômica, e Ludwig von Mises.18

A Escola Austríaca19 adotava a Lei de Say e a teoria marginalista, que veio a ser contestada, mais tarde, por Keynes, quando este formulou, na década de 1930, sua política Keynesiana e defendeu as políticas econômicas com vistas à construção de um Estado de bem-estar social — hoje em dia também chamado, por alguns, de Estado Escandinavo — por ter sido esse caminho o adotado pelos países escandinavos (ou países nórdicos) tais como a Suécia, a Dinamarca e a Noruega e a Finlandia. Esse modelo é também chamado de welfare state, em inglês.20 21

Mais recentemente, o liberalismo ressurgiu, em 1947, do célebre encontro entre um grupo de intelectuais liberais e conservadores realizado em Monte Pèlerin, na Suíça, onde foi fundada uma sociedade de ativistas em oposição às políticas do estado de bem-estar social, por eles consideradas “coletivistas” e, em última análise, “cerceadoras das liberdades individuais”18 AMont Pèlerin Society dedica-se a difundir e propagar as ideias conservadoras e liberais da Escola Austríaca e a combater ideologicamente todos os que delas divergem. Com esse objetivo promove conferências, publica livros, mantém sites na internet e conta para isso, em seus quadros, com vários economistas com treinamento acadêmico, como Jesús Huerta de Soto,19seu vice-presidente e professor da Universidade de Madrid.

Essas ideias atraíram mais adeptos depois da publicação, em 1942 na Inglaterra, do Relatório Beveridge,22 um plano de governo britânico segundo o qual — depois de obtida a vitória nasegunda guerra mundial — a política econômica britânica deveria se orientar no sentido de promover uma ampla distribuição de renda, que seria baseada no tripé da Lei da Educação, a Lei do Seguro Nacional e a Lei do Serviço Nacional de Saúde (associadas aos nomes de Butler, Beveridge e Bevan).22

A defesa desse programa tornou-se a bandeira com a qual o Partido Trabalhista inglês venceu as eleições de 1945, colocando em prática os princípios do estado de bem-estar social.22

Para Friedrich August von Hayek, esse programa leva “a civilização ao colapso”. Num de seus livros mais famosos, O Caminho da Servidão (1944), Hayek expôs os princípios básicos de sua teoria, segundo a qual o crescente controle do estado é o caminho que leva à completa perda da liberdade, e indicava que os trabalhistas, em continuando no poder, levariam a Grã-Bretanha ao mesmo caminho dirigista que os nazistas haviam imposto à Alemanha.22 Essas posições de von Hayek não são baseadas exclusivamente em leis econômicas ou na ciência pura da economia, mas incorporam, em sua argumentação, um grande componente político-ideológico. Isso explica por que o economista socialista Gunnar Myrdal, o teórico inspirador doEstado do bem-estar social sueco, ironicamente, dividiu o Prêmio de Ciências Econômicas (Prêmio Nobel), em 1974, com seu maior rival ideológico, von Hayek, cujo livro O Caminho da Servidão tornou-se referência para os defensores do capitalismo laissez-faire.23 21

Essa discussão, que se iniciou no campo da teoria econômica, transbordou — na Inglaterra — para o campo da discussão político-partidária e serviu de mote à campanha que elegeuWinston Churchill, pelo Partido Conservador, o qual chegou a dizer que “os trabalhistas eram iguais aos nazistas”.22

Escola de Chicago[editar | editar código-fonte]

Uma outra vertente do liberalismo surgiu nos Estados Unidos e concentrou-se na chamada Escola de Chicago, defendida por outro laureado com o Prêmio de Ciências Econômicas, o professor Milton Friedman.

Milton Friedman criticou as políticas econômicas inauguradas por Roosevelt com o New Deal, que respaldaram, na década de 1930, a intervenção do Estado na Economia com o objetivo de tentar reverter uma depressão e uma crise social que ficou conhecida como a crise de 1929. Essas políticas, adotadas quase simultaneamente por Roosevelt nos Estados Unidos e porHjalmar Horace Greeley Schacht24 25 na Alemanha nazista foram, 3 anos mais tarde, defendidas por Keynes que lhe deu seu aracabouço teórico em sua obra clássica General theory of employment, interest and money (1936),26 cuja publicação marcou o início do keynesianismo. Ao fenômeno de ressurgência dos princípios liberais do início do século XX, muitos chamam de neoliberalismo.

Friedman, assim como vários outros economistas defensores do capitalismo laissez-faire, como Hayek e Mises, argumentaram que a política do New Deal, do Presidente Franklin Delano Roosevelt, ao invés de recuperar a economia e o bem estar da sociedade, teria prolongado a depressão econômica e social. Principalmente, segundo Friedman, por ter redirecionado os recursos escassos da época para investimentos não viáveis economicamente, ou seja, os desperdiçavam, o que teria diminuído a eficiência, a produtividade e a riqueza da sociedade. Em resumo, os investimentos não estariam sendo mais realizados tomando como parâmetro principal a eficiência econômica, mas, ao contrário, a eficiência política. Os recursos destinavam-se aos setores mais influentes politicamente, que traziam maior popularidade ao governante, independentemente de seu valor produtivo para a sociedade.

Friedman era contra qualquer regulamentação que inibisse a ação das empresas, como, por exemplo, o salário mínimo que, segundo as teorias que defendia, além de não conseguir aumentar o valor real da renda, excluiria a mão-de-obra pouco qualificada do mercado de trabalho. Opunha-se, consequentemente, ao salário mínimo e a qualquer tipo de piso salarial fixado pelas categorias sindicais ou outro órgão de interesse social, pois estes pisos, conforme ele argumentava, distorceriam os custos de produção, e causariam o aumento do desemprego, baixando a produção e a riqueza e, consequentemente, aumentando a pobreza da sociedade. Friedman defendeu a teoria econômica que ficou conhecida como “monetarista” ou da “escola de Chicago22

Queda do liberalismo clássico[editar | editar código-fonte]

O declínio do liberalismo clássico remonta ao final do século XIX, de início lentamente. Com a quebra da Bolsa de Valores de Nova York, em 1929, e a subsequente Grande Depressão, a queda foi vertiginosa. A partir daí, caiu em descrédito, ao passo que ganharam força teorias de intervenção do Estado na economia, notadamente as ideias de Keynes, aplicadas, quase simultaneamente, pelo plano do New Deal do presidente norte-americano Franklin Roosevelt e pelo governo Nacional Socialista da Alemanha de Hitler, onde seu ministro da economiaHorace Greely Hjalmar Schacht24 (1934–37), nesses três anos, enquanto o resto do mundo se afundava ainda mais na recessão, conseguiu acabar com o desemprego na Alemanha Nazista, sem provocar inflação, adotando um déficit orçamentário que chegou a atingir 5% do PIB alemão. Estas políticas já tinham sido incorporadas à legislação alemã no final de 1932 pelo governo de Kurt von Schleicher27 e tiveram influência nas políticas do New Deal de Roosevelt. Em 1936 Keynes publicou sua obra magna The General Theory of Employment, Interest and Money28 que deu o suporte teórico a esse tipo de intervenção governamental na economia, que já vinha sendo adotada, intuitivamente, alguns anos antes da publicação do livro de Keynes.

Em 1944, os países ricos criaram os acordos de Bretton Woods e estabeleceram regras intervencionistas para a economia mundial. Entre outras medidas, surgiu o FMI. Com a adoção das metas dos acordos de Bretton Woods e a adoção de políticas keynesianas, os 30 anos seguintes foram de rápido crescimento nos países europeus e no Japão, que viveram sua Era de Ouro. A Europa renascia, devido ao financiamento conseguido por meio do Plano Marshall, e o Japão teve o período de maior progresso de sua história. O período de pós-guerra, até o início da década de 1960 foram os “anos dourados” das economias capitalistas.

Liberalismo contemporâneo[editar | editar código-fonte]

O primeiro governo democrático a se inspirar em tais princípios foi o de Margaret Thatcher na Inglaterra, a partir de 1980 (no que foi precedida apenas por Pinochet e seus Chicago Boys, no Chile, no início da década de 1970).

Persuadindo o Parlamento Britânico da eficácia dos ideais neoliberais, fez aprovar leis que revogavam muitos privilégios até então concedidos aos sindicatos, privatizou empresas estatais, além de estabilizar a moeda.

Tal foi o entusiasmo de Thatcher pelo discurso do neoliberalismo então em voga que seu governo acabou por criar uma tributação regressiva, também chamada de Poll tax ou imposto comunitário.

Os neoliberais apontaram o modelo keynesiano como sendo o responsável pela crise. Liderados por economistas adeptos do laissez-faire, como Milton Friedman, denunciaram a inflação como sendo o resultado do aumento da oferta de moeda pelos bancos centrais. Responsabilizaram os impostos elevados e os tributos excessivos, juntamente com a regulamentação das atividades econômicas, como sendo os culpados pela queda da produção e do aumento da inflação.22

A solução que propunham para a crise seria a redução gradativa do poder do Estado, com a diminuição generalizada de tributos, a privatização29 das empresas estatais e redução do poder do Estado de fixar ou autorizar preços.

O período Reagan foi de redução de impostos e de um mais elevado crescimento econômico, mas também de significativa elevação da dívida pública, o que os “neoliberais” apontam como sendo um de seus principais problemas.

O neoliberalismo como herdeiro do liberalismo neoclássico[editar | editar código-fonte]

Pierre Bourdieu, num artigo publicado em Le Monde diplomatique, datado de março de 1998, vê “a essência do neoliberalismo” naquilo que ele chama de “o mito walrasiano da “teoria pura”. Segundo Bourdieu, o programa neoliberal “tende globalmente a favorecer a ruptura entre a economia e as realidades sociais”. Seria “um programa de destruição metódica do coletivo”, isto é, de “todas as estruturas coletivas capazes de interpor obstáculo à lógica do mercado puro“, tais como as nações, cuja margem de manobra não para de diminuir; os grupos de trabalho (mediante, por exemplo, a individualização de salários e carreiras em função de competências individuais, com a consequente atomização dos trabalhadores); os coletivos de defesa dos direitos dos trabalhadores, sindicatos, associações, cooperativas; a própria família, que, através da constituição de mercados por classes de idade, perde uma parte do seu controle sobre o consumo.30 .

Teorias econômicas[editar | editar código-fonte]

As teorias econômicas tidas como neoliberais geralmente são agregadas no termo economia neoclássica. As teorias neoclássicas foram influenciadas ou interagem com as seguintes escolas de pensamento:

Governos neoliberais[editar | editar código-fonte]

Considerações[editar | editar código-fonte]

É importante ressaltar que a tentativa de “rotular políticos” é uma atitude mal colocada na análise do tema neoliberalismo econômico. Nem mesmo Augusto Pinochet, com toda a amplitude de ação que lhe permitia a sua ditadura, praticou exclusivamente ações de tipo neoliberal — adotou, com , algumas políticas de inspiração nitidamente keynesiana.

Embora seja possível afirmar com segurança que um determinado economista, como, por exemplo, Milton Friedman, é um Liberal, não se pode fazer o mesmo com a maioria dos políticos, uma vez que eles adotam, em seus governos, uma mistura de práticas indicadas por várias escolas de pensamento econômico, simultaneamente.

Chile[editar | editar código-fonte]

O Chile foi o primeiro país do mundo a adotar o neoliberalismo. As privatizações no Chile durante o governo de Augusto Pinochet antecederam as da Grã-Bretanha de Margaret Thatcher. Em 1973, quando um golpe militar derrubou o presidente socialista Salvador Allende, o novo governo já assumiu com um plano econômico debaixo do braço.31 Esse documento era conhecido como “El ladrillo” e fora elaborado, secretamente, pelos economistas opositores do governo da Unidade Popular poucos meses antes do golpe de 11 de setembro e estava nos gabinetes dos Generais golpistas vitoriosos, já no dia 12 de setembro.32

O general Augusto Pinochet se baseou em “El ladrillo” e na estreita colaboração de economistas chilenos, principalmente os graduados na Universidade de Chicago, os chamados Chicago Boys, para levar adiante sua reforma da economia.31 33 34

Os outros principais governos que adotaram as políticas neoliberais foram os de Margaret Thatcher (Grã-Bretanha) e Ronald Reagan (Estados Unidos), políticas essas que ficaram conhecidas como thatcherismo e “reaganismo”. A política de Reagan, nos Estados Unidos, também ficou conhecida como Supply-side economics ou Economia do lado da oferta.35

O governo Thatcher[editar | editar código-fonte]

Thatcher obteve grande sucesso na estabilização da libra esterlina, na dinamização da economia britânica e na redução drástica da carga tributária, levando, por conseguinte, o Partido Conservador a obter larga margem de vantagem nas eleições parlamentares de 1983 e 1987 — tornando-se assim ícone mundial dos defensores das políticas econômicas neoliberais. Entretanto, a pobreza infantil no Reino Unido quase duplicou entre 1979 e 1990 — um dos maiores aumentos jamais visto no mundo industrializado. O custo social das políticas adotadas por seu governo foi considerado demasiadamente grande pelos críticos ao neoliberalismo.36

Durante o governo Thatcher a renda dos que estavam no decil superior cresceu pelo menos cinco vezes mais do que a renda dos que estavam no decil inferior; a desigualdade cresceu em um terço37 Refletindo isso, o Coeficiente de Gini da Grã-Bretanha deteriorou-se substancial e continuamente durante todo o governo Thatcher, passando de 0,25 em 1979 para 0,34 em 1990. Esta significativa piora no Coeficiente de Gini não pôde ainda ser corrigida pelos governos que a sucederam.38

Quando Thatcher foi derrotada, em 1990, 18% das crianças inglesas eram consideradas pobres — o pior desempenho dentre os países desenvolvidos — índice que continuou subindo (até atingir um pico de 24%, em 1995-96, quando iniciou sua trajetória descendente).39 40

“Ao mesmo tempo em que é considerada a responsável por reavivar a economia britânica, Margaret Thatcher é acusada de ter dobrado seus índices de pobreza. O índice de pobreza das crianças britânicas, em 1997, era o pior da Europa.”40

O governo Tony Blair (trabalhista) adotou, para corrigir essa distorção, a partir de 1997, medidas de inspiração keynesiana, tais como o restabelecimento de um salário mínimo, a criação de um programa pré-escolar e aumento dos créditos fiscais (isenções) para a classe trabalhadora (uma medida de “transferência indireta de renda”). A proporção de crianças britânicas que vivem na pobreza caiu do pico de cerca de 24% em 1996-97, atingindo 11% no ano fiscal de 2005.39 40

“Nosso objetivo histórico será tornar nossa geração a primeira a erradicar a pobreza infantil para sempre, e isso vai levar uma geração. É uma missão para 20 anos, mas acredito que possa ser cumprida. Tony Blair.41

Os partidos de oposição a Blair, e seus críticos, o acusam de estar sendo “assistencialista”, de estar desequilibrando o orçamento, e de estar aumentando a dependência da população no Estado. Os adversários políticos dos trabalhistas fazem vistas grossas aos estudos que demonstram, por exemplo, que o custo — em prejuízos indiretos causados ao agregado da economia britânica — provocado pela existência de crianças abaixo da linha de pobreza onera a sociedade britânica em cerca de 600 libras por habitante; ou cerca de 40 bilhões de libras por ano no total (2005).42 Todavia, o próprio Partido Trabalhista do Reino Unido aceitou, em termos macroeconômicos, certos princípios enfatizados por Thatcher. Peter Mandelson, político trabalhista próximo a Blair declarou, em 2002:

“A globalização pune com força qualquer país que tente administrar sua economia ignorando as realidades do mercado ou a prudência nas finanças públicas. Nesse estrito sentido específico, e devido à necessidade urgente de remover rigidezas e incorporar flexibilidade ao mercados de capitais, bens e trabalho, somos hoje todos tatcheristas.”43

Resultados[editar | editar código-fonte]

A mais recente onda liberalizante, que ficou conhecida como neoliberalismo, teve seu início com a queda do muro de Berlim. Foi promovida pelo FMI, por economistas liberais como Milton Friedman, por seguidores da Escola de Chicago, entre outros, sendo por eles apregoada como a solução que resolveria parte dos problemas econômicos mundiais, reduzindo a pobreza e acelerando o desenvolvimento global.44

Hoje, depois de 28 anos em que as “receitas neoliberais” vêm sendo aplicadas, em maior ou menor grau, por um grande número de países – entre eles o Brasil – a ONU resolveu analisar os resultados obtidos por esses fortes ventos liberalizantes e medir seus efeitos nas populações dos países em que as práticas neoliberais estão sendo adotadas.

Um livro denominado “Flat World, Big Gaps”45 (“Um Mundo Plano, Grandes Disparidades” – tradução livre), foi editado por Jomo Sundaram, secretário-geral adjunto da ONU para o Desenvolvimento Econômico, e Jacques Baudot, economista especializado em temas de globalização, analisou essas questões e está despertando grande interesse.

Nesse livro seus autores concluem que: “A ‘globalização’ e ‘liberalização’, como motores do crescimento econômico e o desenvolvimento dos países, não reduziram as desigualdades e a pobreza nas últimas décadas”.46

A segunda parte do livro analisa as tendências das desigualdes econômicas que vêm ocorrendo em várias partes do mundo, inclusive na OECD, nos Estados Unidos, na América Latina, noOriente Médio e norte da África, na África sub-saariana, Índia e China.

As políticas liberais adotadas não trouxeram ganhos significativos para a melhoria da distribuição de renda, pelo contrário: “A desigualdade na renda per capita aumentou em vários países da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) durante essas duas décadas, o que sugere que a desregulação dos mercados teve como resultado uma maior concentração do poder econômico.”46

Surpreendentemente, a liberalização do fluxo de capitais financeiros internacionais, que era apontada como uma maneira segura de fazer os capitais jorrarem dos países ricos para irem irrigar as economias dos países pobres, deles sedentos, funcionou exatamente ao contrário.

O fluxo de dinheiro inverteu-se, e os capitais fugiram dos países mais pobres, indo para os mais ricos: “Houve uma tremenda liberalização financeira e se pensava que o fluxo de capital iria dos países ricos aos pobres, mas ocorreu o contrário”, anotou Sundaram. “Como exemplo, citou que os EUA recebem investimentos dos países em desenvolvimento, concretamente nos bônus e obrigações do Tesouro, e em outros setores”.46

Cumpre ressaltar que essa “liberalização” de fluxos financeiros é muito assimétrica. Os países que mais defendem a liberalização total dos fluxos de capitais não a praticam dentro de suas fronteiras. Os Estados Unidos, com seu forte discurso liberalizante criou, por exemplo, a “Community Reinvestment Act” (Lei do Reinvestimento Comunitário) que obriga seus bancos a reaplicar localmente parte do dinheiro que captam na comunidade. A Alemanha resistiu a todas as pressões para “internacionalizar” seus capitais; hoje, 60% da poupança da população alemã estão em caixas municipais, que financiam pequenas empresas, escolas e hospitais. A França criou um movimento chamado de “Operações Financeiras Éticas”. A apregoada liberdade irrestrita para os fluxos de capitais parece ter sido adotada só pelos países subdesenvolvidos, que se vêem frequentemente pressionados pelo FMI e em decorrência submetidos a graves crises causadas por sua vulnerabilidade às violentas movimentações especulativas mundiais.47

Essa diferença entre o discurso liberalizante dos países desenvolvidos e suas práticas foi reconhecida até por Johan Norberg,48 o jornalista sueco autor do “best-seller” In Defense of Global Capitalism que “atira coqueteis Molotov retóricos nas potências ocidentais, cujo discurso em prol dos livre-mercados é enormemente prejudicado por suas tarifas draconianas sobre a importação de produtos têxteis e agrícolas, as duas áreas nas quais os países subdesenvolvidos teriam condições de competir”. Le Monde, 12 de Fevereiro de 2004.

De maneira geral, “a repartição da riqueza mundial piorou e os índices de pobreza se mantiveram sem mudanças entre 1980 e 2000”,46 como já previra Tobin em 1981.

Por outro lado, os liberais afirmam que as reformas chamadas de “neoliberais” foram insuficientes e os governos fracassaram em áreas fundamentais para terem êxito, e chegam a afirmar que não houve nenhum governo liberal de fato. Estes liberais geralmente estão ligados à Escola Austríaca, e são adeptos normalmente do minarquismo ou do anarcocapitalismo.

Lista de liberais[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

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ENDOMETRIOSE ESSA DOENÇA TEM ACOMETIDO MUITAS MULHERES !!

ENDOMETRIOSE

Maurício Simões Abrão é médico, professor de Ginecologia na Universidade São Paulo. Dirige o Setor de Endometriose do Hospital das Clínicas da USP e é autor dos livros “Endometriose: uma Visão Contemporânea” (Editora Revinter) e, pela Editora Roca, “Câncer de Ovário” (coautoria com Fauze S. Abrão).

Para entender o que é endometriose, é bom lembrar a anatomia do útero, órgão em forma de pera constituído por espessa camada de musculatura lisa. A extremidade superior do corpo do útero chama-se fundo. A inferior é o colo que se projeta no interior da vagina, canal de ligação do aparelho ginecológico com o exterior. As tubas uterinas (conhecidas no passado como trompas uterinas) são duas estruturas que se localizam uma de cada lado do útero e conduzem os óvulos produzidos nos ovários até esse órgão.

A cavidade interna do útero é revestida por uma mucosa, o endométrio, que sofre as alterações mensais do ciclo menstrual e onde o óvulo fertilizado se implanta. Se não ocorrer a fecundação, o endométrio descama e é eliminado através da menstruação. No entanto, algumas de suas células podem migrar no sentido oposto, subir pelas tubas, cair na cavidade abdominal, multiplicar-se e provocar uma reação inflamatória que caracteriza a endometriose.

DEFINIÇÃO DE ENDOMETRIOSE

Drauzio – O que é a endometriose?

Maurício Simões Abrão – A endometriose ocorre quando o endométrio, ou seja, o tecido que reveste a cavidade uterina, implanta-se fora do útero. Trata-se de uma doença estudada há muito tempo. As primeiras teorias sobre o assunto têm mais de cem anos. Cogita-se que, quando a mulher menstrua – e a menstruação nada mais é do que a eliminação do endométrio -, fragmentos desse tecido podem caminhar pelas tubas, alcançar a cavidade abdominal, nela implantar-se e crescer sob a ação dos hormônios femininos. Hoje se sabe que mulheres normais também podem apresentar essa menstruação retrógada, ou seja, a que faculta a chegada do endométrio na cavidade abdominal, mas só algumas têm endometriose. Pode-se concluir, então, que alguns fatores permitem a instalação dos implantes na cavidade peritoneal, entre eles, destaca-se o sistema imunológico da mulher.

Drauzio – Se examinar a cavidade abdominal de uma mulher sem sintomas característicos da endometriose, você poderá encontrar células do endométrio lá dentro? 

Maurício Simões Abrão – É possível encontrar células do endométrio lá dentro. Em alguns casos até, o endométrio pode ter ali se implantado provocando a endometriose sem que a mulher tenha muitos sintomas. Na verdade, a endometriose ocorre em 10% a 15% das mulheres em idade reprodutiva e que apresentam menstruação retrógrada, aquela que permite a implantação de células do endométrio na cavidade peritoneal.

SINTOMAS

Drauzio – Essas mulheres apresentam sintomas? 

Maurício Simões Abrão – A grande maioria têm dismenorreia, ou seja, cólica menstrual, o primeiro e mais importante sintoma. Muitas vezes, são cólicas intensas que incapacitam as mulheres de exercerem suas atividades habituais. A dor pode ainda manifestar-se durante a relação sexual, quando o pênis encosta no fundo da vagina. É o segundo sintoma. Além desses, podem estar presentes a dificuldade para engravidar e alterações intestinais ou urinárias durante a menstruação. Nos casos mais avançados, a dor pode ocorrer também fora do período menstrual.

Drauzio – Muitas mulheres têm cólicas no período pré-menstrual. Como elas podem diferenciar uma dor por assim dizer normal nesse período da cólica própria da endometriose? 

Maurício Simões Abrão – Na verdade, não existe uma diferenciação muito clara, porque há pacientes com endometriose e poucas cólicas durante a menstruação. Entretanto, o raciocínio é sempre orientar as mulheres para procurarem um médico quando tiverem cólicas com certa resistência a melhorar com remédios ou que as incapacite de exercer suas atividades normalmente. Cólicas exageradas são o principal sintoma de endometriose e fazem suspeitar de que a doença esteja instalada.

Drauzio – Além das cólicas, o que mais faz suspeitar de que exista a doença

Maurício Simões Abrão – Dor na relação sexual, dificuldade para engravidar após um ano de tentativas sem sucesso, alterações intestinais durante a menstruação como diarreia ou dor para evacuar, são sintomas que devem chamar a atenção para o diagnóstico de endometriose.

DIAGNÓSTICO

Drauzio – Todos esses são sintomas frustros que devem confundir as mulheres. Consequentemente, uma parcela significativa da população feminina pode demorar muito para ter a doença diagnosticada. 

Maurício Simões Abrão – Recentemente publicamos um trabalho numa revista internacional abordando o tempo que se demora para fazer o diagnóstico da doença. Para dar uma ideia, em 44% das mulheres com endometriose, o tempo de queixa é superior a cinco anos, o que mostra ser a doença subdiagnosticada em muitos casos. Hoje, felizmente, os médicos estão mais atentos e têm conseguido fazer diagnósticos mais precoces da doença.

Drauzio – Você acha que se justifica avaliar a possibilidade de endometriose em todas as mulheres que têm cólicas fortes durante a menstruação ou no período pré-menstrual? 

Maurício Simões Abrão – A investigação clínica, a anamnese bem feita seguida de um exame físico adequado, o toque vaginal que permite verificar alguns aspectos característicos da doença, tudo isso faz parte do exame ginecológico normal e de rotina que não visa ao diagnóstico da doença em si, mas que pode funcionar como prevenção primária para a endometriose.

Drauzio – Na endometriose, sem considerar o histórico da paciente, o que faz você suspeitar da existência da doença quando faz o exame de toque? 

Maurício Simões Abrão – Hoje se sabe que a endometriose tem múltiplas faces e múltiplas possibilidades de tratamento. O exame ginecológico é o ponto de partida para estabelecer o raciocínio sobre a endometriose. Se a doença se assesta no ovário, o ginecologista pode perceber o aumento dos ovários pelo toque. Se acomete a região que fica entre o útero e o intestino, um tipo de endometriose que se chama endometriose profunda, o toque permite perceber espessamentos atrás do útero e dolorimentos quando o médico apalpa essa região. Quando a doença acomete o peritônio (tecido que reveste a cavidade abdominal), fica mais difícil estabelecer o diagnóstico pelo toque.

Drauzio – Quando, no toque ginecológico, aparecem sinais que sugerem a doença, como vocês confirmam o diagnóstico? 

Maurício Simões Abrão – Realizado o exame físico, parte-se para dois exames não invasivos que vão ampliar o raciocínio sobre a doença. O primeiro é um exame de imagem, o ultrassom transvaginal, para buscar imagens compatíveis com esse tipo de patologia, seja no acometimento dos ovários, seja na avaliação da doença profunda. Atualmente, está em fase final de realização um estudo que possibilita detectar alguns tipos de endometriose profunda por meio desse exame. A realização de um exame de sangue chamado CA125 para a identificação de um marcador ajuda a orientar o diagnóstico, principalmente da doença avançada, já que nos casos iniciais os níveis do CA125 não se elevam.

Drauzio – Na endometriose, algumas células escapam do endométrio e caem na cavidade abdominal onde formam pequenos focos desse tecido que são chamados de implantes. Quais são os pontos mais frequentes que acometem? 

Maurício Simões Abrão – Acometem principalmente o ovário e os dois ligamentos uterossacros que ficam atrás do útero. Hoje se sabe que a doença profunda, motivo de grande preocupação entre os médicos, acomete essa região atrás do útero. Embora seja menos frequente, é essencial fazer o diagnóstico precoce para alcançar sucesso terapêutico.

FATORES DE RISCO

Drauzio – Mulher cuja mãe teve endometriose corre maior risco de apresentar a doença?

Maurício Simões Abrão – Alguns estudos recentes mostram que existe um fator hereditário que deve ser levado em conta nos casos de endometriose. Acontece que ainda é difícil identificar as mães portadoras de endometriose, porque a doença era mal diagnosticada no passado. Acredito que daqui para frente, esse dado poderá ser mais facilmente considerado.

Drauzio – Quais são os outros fatores de risco. Existem mulheres com maior probabilidade de desenvolver a doença? 

Maurício Simões Abrão – A menstruação retrógrada leva o endométrio para a cavidade abdominal e a imunidade permite que ele se desenvolva ali. Por isso, se estudam várias questões ligadas à imunidade da paciente. Uma delas, hoje muito comentada, é que o fator estresse esteja provavelmente associado ao problema. Sabe-se que mulheres com endometriose têm traços maiores de ansiedade e estresse. Um estudo desenvolvido no Hospital das Clínicas de São Paulo (SP) mostra isso com bastante clareza. Porque julgo esse tema importante, no capítulo “Ansiedade, Estresse e Endometriose” do livro que escrevi sobre a doença, dou especial destaque ao assunto e procuro explorá-lo em profundidade. Portanto, o estresse é um fator de risco assim como as condições ambientais, que têm sido muito mencionadas ultimamente. Isso vale para o câncer e vale para a endometriose. Fala-se, por exemplo, que algumas substâncias poluentes decorrentes de combustão, como as dioxinas, mostram que o fator ambiental não deve ser desprezado.

Por fim, deve-se considerar o número de menstruações. Hoje, a mulher menstrua em média 400 vezes na vida, enquanto no começo do século passado menstruava apenas 40 vezes, porque a primeira menstruação ocorria mais tarde, ela engravidava mais cedo, tinha mais filhos e passava longos períodos amamentando.

Drauzio – As pessoas podem ter um pouco de dificuldade para entender como as células do endométrio vão parar na cavidade abdominal, quando o natural é serem eliminadas junto com a menstruação. A rigor, cada tecido do organismo foi preparado para viver dentro do órgão do qual faz parte. Se tiro um fragmento de pele e enxerto-o no estômago, ele será certamente rejeitado. Como, então, as células que escapam da cavidade uterina conseguem sobreviver e multiplicar-se noutro local? 

Maurício Simões Abrão – Esses outros fatores de risco associados à imunidade permitem que o endométrio se implante e aprofunde noutras áreas do organismo, gerando nova vascularização que favorece o desenvolvimento da doença. Basicamente, trata-se de questões locais vinculadas ao sistema de defesa da mulher que ainda não são totalmente conhecidas.

Drauzio – O normal seria que essas células do endométrio que migram para dentro da cavidade abdominal fossem rejeitadas e a mulher não desenvolvesse a doença. 

Maurício Simões Abrão – Na portadora de endometriose, essa rejeição inexiste ou é insuficiente para impedir que a doença se desenvolva.

DOENÇA BENIGNA

Drauzio – Algumas pessoas acham que a endometriose possa ter características de doença maligna. Outras temem que possa virar câncer, porque o mecanismo das duas é até certo ponto semelhante. 

Maurício Simões Abrão – O mecanismo das duas doenças tem muitas similaridades. Sabe-se, porém, que a relação entre endometriose e câncer é muito pequena, em torno de 0,5% a 1% dos casos. Na verdade, apesar de não caracterizar uma doença maligna, a endometriose se comporta de modo parecido, no sentido de que as células crescem fora de seu lugar habitual. Embora, na maioria das vezes, esse crescimento não tenha consequências letais, acaba provocando muitos incômodos. Por isso, tornou-se foco de atenção dos profissionais que lidam especificamente com essa doença.

CLASSSIFICAÇÃO DA ENDOMETRIOSE

Drauzio – Há casos de endometriose com sintomas bem discretos, enquanto outros são bem mais graves. Como se pode classificar a doença?

Maurício Simões Abrão – A classificação da endometriose leva em conta a extensão da doença. A mais aceita hoje foi elaborada por uma sociedade americana e parte do procedimento de visualização das lesões, o passo seguinte depois do diagnóstico. Como já citamos, exame clínico, o marcador e exame de ultrassom são os meios adequados para definir as mulheres para as quais se deve indicar a laparoscopia, um exame realizado sob anestesia através de pequenas incisões no abdômen por onde se introduz um tubo ótico de aproximadamente 10 mm de diâmetro para visualizar as áreas da cavidade abdominal em que se fixaram os implantes (nome que se dá ao tecido endometrial deslocado). É um procedimento cirúrgico menor que permite identificar tamanho, extensão e local de acometimento das lesões e iniciar imediatamente o tratamento adequado.

MÉTODO DE DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

Drauzio – A laparoscopia é, ao mesmo tempo, um teste de diagnóstico que avalia a extensão da doença e uma forma de começar o tratamento. Como isso é feito? 

Maurício Simões Abrão – Depois que se faz um inventário da cavidade abdominal, dos pontos com comprometimento pela doença, procura-se ressecar, sempre que possível. os focos que se encontram nos ovários, trompas, útero, peritônio e intestino. Em relação aos cistos no ovário e no útero, a preocupação é retirá-los, mas preservando esses órgãos, uma vez que na maioria das vezes as pacientes são jovens e têm planos reprodutivos. Através da laparoscopia, conseguimos ressecar também os focos existentes no tecido que reveste a cavidade abdominal (peritônio) e outros mais profundos localizados nos intestinos, indicativos de casos mais graves e que demandam tratamento efetivo. Obviamente, a cirurgia aberta é também uma alternativa para remover as lesões de endometriose, mas a laparoscopia é o método mais utilizado para diagnóstico e tratamento dessa doença.

Drauzio – Há casos em que há necessidade de fazer a cirurgia convencional, ou seja, abrir o abdômen para retirar os focos? 

Maurício Simões Abrão – Isso se tem tornado cada vez menos frequente. Com o treinamento em laparoscopia, é possível realizar a quase totalidade dos procedimentos que eram feitos por via aberta. No entanto, casos em que existem aderências ou sangramentos mais graves obrigam abrir o abdômen. Por isso, toda a vez que se indica a laparoscopia é eticamente correto explicar para a paciente que, numa parcela mínima de situações, é preciso realizar uma cirurgia aberta, porque apareceu uma necessidade naquele momento que exige esse procedimento. 

FAIXA ETÁRIA

Drauzio – Em que fase da vida da mulher a endometriose é mais comum?

Maurício Simões Abrão – Em média, a mulher tem 32 anos quando é feito o diagnóstico. É bom lembrar, porém, que em 44% dos casos passaram-se cinco anos ou mais até a doença ser diagnosticada. Há outros números contundentes. Por exemplo, de 40% a 50% das adolescentes que apresentam cólica incapacitante, quer dizer, dor intensa que requer repouso e as impede de exercer as atividades normais, pode estar associada à endometriose. Por outro lado, a doença pode aparecer também aos 40, 45 anos. É possível afirmar, então, que a endometriose pode acometer mulheres a partir da primeira até a última menstruação, com média de diagnóstico por volta dos 30 anos.

Drauzio – Há casos de endometriose que podem regredir espontaneamente? 

Mauricio Simões Abrão – Provavelmente há casos em que a própria paciente possui recursos imunológicos competentes para combater a doença, mas são casos raros, especialmente se houver sintomas. Na verdade, alguns casos talvez nunca sejam diagnosticados. Somos levados a raciocinar assim porque, às vezes, ao fazer uma laqueadura de tubas para a mulher não ter mais filhos, somos surpreendidos por um foco de endometriose assintomática que talvez regredisse espontaneamente. No entanto, essa possibilidade não justifica subtratar as mulheres que possam ter endometriose.

ENDOMETRIOSE E INFERTILIDADE

Drauzio – A endometriose provoca mudanças no ciclo menstrual? Qual é a relação dessa doença com a infertilidade feminina? 

Mauricio Simões Abrão – A endometriose pode provocar alterações no ciclo menstrual. Em geral, eles se tornam mais curtos e a quantidade de sangue eliminada é maior, mas isso não tem a mesma expressão do que a dor para o diagnóstico da doença, porque muitos outros fatores podem gerar irregularidade menstrual. Com relação ao binômio endometriose/infertilidade, em certos casos ele pode manifestar-se. Pacientes com doença avançada e obstrução na tuba uterina que impeça o óvulo de chegar ao espermatozoide, têm um fator anatômico que justifica a infertilidade. Além disso, algumas questões hormonais e imunológicas podem ser razão de mulheres com pouca endometriose não conseguirem engravidar.

Drauzio – Quando recebe uma mulher infértil, diagnostica endometriose e trata cirurgicamente através da laparoscopia, ela recupera a fertilidade? 

Mauricio Simões Abrão – Não, obrigatoriamente, mas uma boa parcela pode recuperar, principalmente as mulheres em que as tubas não tiverem sofrido obstrução. É por isso que no final da laparoscopia, costuma-se injetar contraste (azul de metileno) pelo canal do colo uterino para ver se ele sai pelas tubas. A caracterização dessa permeabilidade tubária fala a favor de uma gravidez que depende, entretanto, de outros fatores como a função ovariana ou a não formação de aderências depois da cirurgia, por exemplo. Por essa razão, costuma-se dizer que para tratar a endometriose, o médico tem de pensar de forma um pouco mais ampla.

Drauzio – Quando uma mulher faz laparoscopia e o médico consegue retirar todas as lesões da cavidade abdominal, qual é o risco de ela apresentar novo episódio de endometriose? 

Maurício Simões Abrão – Depois da laparoscopia, quando a doença está num estágio avançado, costuma-se indicar uma medicação para suprimir temporariamente a menstruação. São geralmente medicamentos que bloqueiam a função ovariana para a paciente ficar de três a quatro meses em repouso hormonal e recuperar-se. Depois disso, a possibilidade de a doença voltar existe, porque o retorno da função menstrual pode determinar o reaparecimento das lesões. Por isso, em alguns casos, é preciso bloquear a menstruação por mais tempo e tomar cuidado depois das gestações para que não haja recidivas. A cura da endometriose depende da boa administração da doença e nem sempre representa a extirpação eterna dos focos porque, em alguns casos, eles podem voltar.

TRATAMENTO E ESTILO DE VIDA

Drauzio – O tratamento para a endometriose é sempre cirúrgico ou a doença também responde a tratamentos clínicos? 

Mauricio Simões Abrão – Para os casos de doença avançada, o tratamento é sempre cirúrgico e seguido de complementação clínica. Para os casos iniciais, é possível compor um tratamento clínico com a pílula anticoncepcional combinada ou só com progesterona. Além disso, é de fundamental importância a prática de exercícios físicos e trabalhar a parte emocional da paciente, às vezes, recorrendo a um suporte psicoterápico, em virtude da influência que o estresse e a ansiedade exercem sobre a doença.

Drauzio – No que se refere ao estilo de vida, que conselhos você dá para as mulheres que têm endometriose? 

Maurício Simões Abrão – Por razões óbvias, dizer para a paciente – a partir de amanhã, você vai virar outra pessoa – não é o melhor conselho. Por isso, em primeiro lugar, procuro convencê-la de que fazer exercício físico é fundamental para que a doença seja administrada corretamente. É preciso que seja um exercício regrado, uma atividade aeróbica praticada de três a quatro vezes por semana, por 30 ou 40 minutos. Caminhar rapidamente, correr, nadar, andar de bicicleta ajudam a diminuir o limiar estrogênico e a melhorar a imunidade. Além disso, há a questão das características emocionais dessas pacientes, geralmente mulheres detalhistas, exigentes, com dificuldade de dizer não, que precisam aprender a valorizar-se e a psicoterapia de apoio pode ajudar muito nesse sentido.

Drauzio – Você recomenda algum tipo de dieta especial? 

Maurício Simões Abrão – Não existe nenhuma indicação clara de que determinados alimentos possam piorar o quadro. Alguns trabalhos têm sido encaminhados nesse sentido, mas não chegaram a conclusões definitivas. Acho que dieta equilibrada, sem excessos, é ainda a melhor forma de ajudar no tratamento.

Drauzio – Bebida alcoólica é contraindicada? 

Mauricio Simões Abrão – Não há evidências em relação ao consumo de bebidas alcoólicas pelas portadoras de endometriose.

AEROPORTO JOAO DURVAL CARNEIRO EM FEIRA DE SANTANA É UM SUCESSO

Com até 97% da capacidade de passageiros, o aeroporto João Durval é um sucesso.

Jorge Lombarinhas, diretor-superintendente do Aeroporto de Feira de Santana-AFS, conta detalhes desse primeiro mês de operação do voo Feira/Campinas.

06 de março de 2015 as 16h29
Foto Bom Dia Feira

Foto Bom Dia Feira

o diretor-superintendente do Aeroporto de Feira de Santana-AFS, Jorge Lombarinhas, em entrevista exclusiva ao Bom Dia Feira fala sobre aeroporto de Feira de Santana, esclarece questões e conta sobre o sucesso que o voo FeiraCampinas.
“É um sucesso de público no primeiro mês, bem mais do que era esperado! Isso prova a todos o potencial de Feira de Santana. Outro ponto positivo que aconteceu no primeiro mês foi a vinda da presidente Dilma a cidade e ter usado o aeroporto como base de apoio para vinda dela. então, se alguém tinha dúvida sobre a qualidade e as características técnicas do aeroporto de Feira , foi derrubada. A vinda da Força Aérea Brasileira (FAB) para dar apoio a vinda da presidente, comprova que o aeroporto segue todas as normas da aviação civil, pois o nível de exigência da FAB é muito alto..”, ressalta Jorge.
O diretor diz anda que o estudo de demanda que foi feito sobre o aeroporto João Durval, mostrava que os resultados seriam positivos, mas foi além das expectativas. ” A procura de passagem, os voos saindo com mais de 85%, em alguns dias chegando a 97% da capacidade da Aeronave, o que até era previsto pelos estudos feitos pela Azul, mas aconteceu muito rápido. Isso leva a companhia Aérea a pensar em novos voos, principalmente, para o Nordeste, que é uma deficiência e também chama atenção de outras companhias que venham operar no aeroporto de Feira de Santana”.
40 aviões pousarão no terminal feirense
de acordo com Lombarinha, um evento anual da categoria dos aviadores privados , que saem do Rio Grande do Sul e percorrem várias capitais, chegará aqui no Nordeste e uma dessas etapas será no aeroporto de Feira. “Então os 40 aviões ficarão aqui, por um dia, a equipe vai conhecer a cidade, almoçar, reabastecerão e, ao final da tarde, levantarão voo”.

Pontos a ser melhorados
Apesar do sucesso de publico, o local tem sido alvo de reclamações, o diretor explica que as mudanças estão programadas.
“Atualmente o aeroporto funciona na capacidade máxima do passageiros.Quanto a climatização do saguão que o pessoal tem reclamado muito, temos que levar em conta que o aeroporto está localizado na zona rural e que nós estamos no final da linha da Coelba, que faz oscilar muito a capacidade de carga, mas já solicitamos uma melhoria e dentro de 60 dias nos tentaremos resolver esse problema da climatização. Entretanto, em relação ao espaço disponível, dentro da área do sitio aeroportuário atual, estamos no limite e não podemos crescer mais. o ideal é que assim que o governo do estado faça a desapropriação das áreas próximas ao aeroporto iremos planejar a construção do novo terminal de passageiros”.
O gestor conta que antes da reforma o aeroporto tinha uma área de 200 m² e hoje está com 4420 e que existe uma projeção em torno de 3.000 m² “Isso é mais de 10 vezes o que tem hoje. Infelizmente hoje não podemos ter voos simultâneos por causa da área, mas tudo isso está no planejamento”, diz.

Balizamento Noturno
Lombarinhas informa que apesar de está tudo pronto, não podem operar a noite, enquanto o comando da Aeronáutica não fazer a homologação desse balizamento. Mas acredita que na segunda quinzena de março a visita aconteça e eles façam a homologação porque, segundo ele, está tudo dentro das normas. “Está tudo pronto e testado”.

Por Lila Oliveira e Miro Nascimento


06 de março de 2015 as 16h29

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SÃO ELES QEM TRANSPORTA A RIQUEZA DESSE PAIS OS MOTORISTA DE CAMINHÃO

Dilma sanciona sem vetos Lei dos Caminhoneiros; manifestantes mantêm bloqueios

02/03/201518h56

BRASÍLIA (Reuters) – A presidente Dilma Rousseff sancionou sem vetos nesta segunda-feira a Lei dos Caminhoneiros, que alivia pagamento de pedágio, perdoa multas e promete ampliar pontos de paradas para descanso, numa tentativa de encerrar a greve da categoria que tem bloqueado estradas em todo país há quase duas semanas.

Segundo o Palácio do Planalto, a sanção da lei sem vetos, que será publicada no Diário Oficial da União na terça-feira, era um dos compromissos firmados pelo governo federal com os grevistas para que a mobilização terminasse.

“A sanção integral da lei é um desdobramento dos compromissos assumidos pelo governo federal na última quarta-feira, 25 de fevereiro, com representantes de caminhoneiros e foi efetivada diante da tendência de normalidade nas rodovias do país”, disse a Presidência em nota.

Apesar da iniciativa, os caminhoneiros mantinham mobilizações em mais de duas dezenas de pontos de rodovias federais do país nesta segunda, especialmente nos Estados do Sul, no 13º dia de protestos.

A principal reivindicação da categoria é uma redução do preço do diesel, para a qual o governo ainda não deu aceno positivo. Mas a situação aponta para um número menor de bloqueios em relação ao registrado na maior parte da semana passada, após o governo ter anunciado que multaria os caminhoneiros manifestantes em até 10 mil reais por hora.

A lei sancionada pela presidente permite que a jornada de trabalho dos motoristas seja de oito horas, mais quatro extras, se aprovado por convenção ou acordo coletivo. Atualmente, a regra é de oito horas e apenas mais duas horas extras.

O texto prevê ainda o aumento de 5 por cento para 10 por cento da tolerância admitida sobre os limites de peso bruto do caminhão por eixo para rodagem nas estradas brasileiras. Além disso, a lei prevê ainda o pedágio gratuito por eixo suspenso para caminhões vazios e perdão das multas por excesso de peso dos caminhões recebidas nos últimos dois anos.

Segundo a lei, a responsabilidade pelo excesso de peso dos caminhões e transbordamento de cargas será dos embarcadores, ou seja, os contratantes do frete.

A Secretaria-Geral da Presidência informou ainda que o governo federal também tomará, a partir desta segunda, as medidas necessárias para permitir a prorrogação por 12 meses das parcelas de financiamentos de caminhões adquiridos pelos programas ProCaminhoneiro e Finame, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por caminhoneiros autônomos e microempresários.

PROBLEMAS À FRENTE

A sanção integral do texto pode levar a prejuízos para os próprios motoristas, de acordo com o professor Paulo Resende, coordenador do Núcleo de Infraestrutura e Logística da Fundação Dom Cabral.

Isso ocorre diante do dispositivo que prevê liberação de pedágio sobre os eixos suspensos, que não tocam no pavimento das rodovias.

Segundo o especialista, para conseguir o desconto, os caminhoneiros teriam de deixar de usar o sistema eletrônico de cobrança, instalado nas praças de pedágio, e teriam de parar na cabine tradicional de pagamento para que um funcionário da concessionária da estrada faça uma conferência visual dos eixos que estiverem suspensos.

“Num horário de pico isso pode levar a filas de duas a três horas de caminhões parados na praça de pedágio. Quem perde com esse tempo parado é o próprio caminhoneiro”, disse Resende.

Além disso, ele alerta que o item que eleva a tolerância sobre o peso dos veículos pode aumentar o número de acidentes e elevar o custo de manutenção dos próprios caminhões.

“E nas estradas concedidas, pode haver ainda aumento de pedágio, porque vai ser necessário mais dinheiro para manter as rodovias”, disse.

A associação dos concessionários de rodovias, ABCR, afirmou na semana passada que se a lei fosse aprovada sem vetos, os pedágios teriam de subir para adequar o equilíbrio financeiro dos contratos. Procurada nesta segunda-feira, a entidade não pôde comentar o assunto de imediato.

(Por Jeferson Ribeiro, com reportagem adicional de Leonardo Goy, em Brasília, e Priscila Jordão, em São Paulo)

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